A Páscoa para os Hebreus foi a saída da terra da escravidão para a liberdade. Tiveram que sair, fazer a passagem. Decidiram sair apesar das ameaças do faraó e confiaram em Deus. Por isso chegaram a terra prometida.

Para Jesus, fazer Páscoa foi ser obediente por amor ao projeto de Deus, que não queria que Ele morresse daquela forma, mas quis que Ele fosse fiel à sua missão de anunciar um Deus que ama a todos indiscriminadamente e por isso não foi compreendido e rejeitado pelos homens de seu tempo e por muitos ainda hoje. Portanto fazer a Páscoa para Jesus foi pasar deste mundo para o Pai, levando consigo um pedaço da nossa humanidade, que agora pela sua ressurreição está presente na Santíssima Trindade, faz parte da vida de Deus.

Para nós fazer a Páscoa também implica em fazer uma passagem. Que passagem é esta senão aquilo que Paulo escreve na carta aos Efesios (Ef. 4,17-30). Que façamos a passagem do homem velho para o homem novo, da vida na carne para a vida no espírito. Esta é verdadeiramente a nossa Páscoa. Se não tivermos uma transformação interior tudo o que fizemos ou fizermos nestes dias não passarão de ritos vazios. Tudo requer uma passagem. Um dia também faremos a nossa Páscoa definitiva deste mundo para o coração de Deus. Mas enquanto caminhamos por aqui, temos o dever religioso e moral de buscarmos ser melhor a cada dia, fazendo as escolhas certas e coerentes com a vida cristã.

Um abraço fraterno e uma feliz e abençaoda Páscoa de Jesus e nossa também.

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Diácono Lando.